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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Eta mundão sem limites!


-A ganância campeia mundo afora.
Devorando o que encontra.
Pela frente e no reverso!
-Mas poetas bocejam versos.
Poetizemo-nos então!

-Os incautos ah endividam-se.
O dinheiro de plástico poe-lhes
A corda ao pescoço. Esgana-os.
Os agregados também esgana-os.
Cantores solfejam assustados.
Liquidam-se! Não há bufunfa!
Pra encher-lhes as burrinhas.
-Mas poetas bocejam versos.
Poetizemo-nos então!

-A torpe propaganda (enganosa)
Inunda as médeas (ou mídias).
Pra conduzir os pobres miseráveis
Ao delírio do consumo.
A parafernália tecnológica
Embucha-nos de ostentação.
Empanzina-nos de inverdades.
Atsunamina-nos de bestagens
Abestalha-nos de inviáveis.
-Mas poetas bocejam versos.
Poetizemo-nos então!

-Mas também viaja-nos. Mundo afora.
Acultura-nos á beça.Pelo percurso.
Torna-nos ora gentis ora toscos
Como flores ou porco espinho.
Afinal, não por quanto, há que se fazer
A diferença e viver, serenamente,
Enquanto é Natal!
-Pois poetas bocejam versos.
Poetizemo-nos então!


RELMendes – 23/12/2018


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