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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

No caritó... Jamais!

-Ôxe!... Se nem euzinho...
E nem tampouco
Os meus versinhos...singelos,
Estamos emboloradinhos
Ou enferrujadinhos...
Não há por que...de maneira alguma,
Lançarem-nos então lá no caritó
Do esquecimento... Ora bolas!

-Pois saibam todos vocês...
Que...simplesmente, euzinho
E os meus singelos versinhos...
Ainda temos uma sacolinha
Cheinha de muita ternura
Pra semear nos corações
Daqueles que ainda creem
No amor e na vida
Verdinha verdinha...ara!

Montes Claros- MG 18-07-2015
RELMendes



terça-feira, 30 de agosto de 2016

Poeta talvez sim!


-Mas, “idiotes”? Ah, essa não!...

-Se possível for...agora,
Prestem bem atenção:
- Por acaso...na terceira idade,
Estou a brincar de ser
Um poetinha passarinho.
- Mas, sou, na realidade,
Um ser político...antenadíssimo,
Desde a minha concepção...
Ora, bolinhas de sabão ao léu!

-Viva a democracia...
Viva a liberdade de expressão!

-Gente! Não é só por que faço
Alguns singelos versinhos...
Que sou...tão-somente,
Um poetinha sonhador,
Ou um visionário alienado...
Ou, quiçá, ainda quem sabe um “idiotes”,
Na verdadeira acepção da palavra:
”Aquele que só pensa em si mesmo...
E que, portanto, abster-se...de fazer política,
É tudo que ele almeja, enfim”.

- Não é só por que me utilizo...
De algumas metáforas ...
E de alguns eufemismos
Em meus singelos versinhos...
(Para minimizar, neles, a acidez
Do meu imenso e declarado repúdio
À grosseira e fétida corrupção...
Que... desavergonhadamente,
Grassa por aí afora...aloprada,
Do Oiapoque ao Chuí,
Pelo país inteiro, enfim!)
Que eu mereça ser alcunhado de “idiotes”...
Ou de qualquer outra coisa assim.
Ah, não, mesmo! De jeito nenhum!

-Pois, então, saibam...todos,
Que...verdadeiramente,
Sou um cidadão, totalmente, consciente,
Sou um cidadão, definitivamente,
Comprometido, com o acontecer
Do bem comum...sempre.
E saibam todos, também, que na hora certa:
- Estarei lá na urna para votar,
- Estarei , também, lá nas praças públicas...
Se necessário for, para protestar
Contra o funk da canalhice política...
Que prolifera que...nem erva daninha,
Por esse paizão de meu Deus afora... 
Isto, porque sou um cidadão consciente,
E tenham por certo, que disto,
Não abro mão... Jamais!

-Viva a democracia...
 Viva a liberdade de expressão!

-Ora! Se trago...comigo, na mente e nas mãos,
O meu preciosíssimo voto,
Direito de todo cidadão,
E se, no corpo, transporto a disposição
E a coragem...desmedidas,
De ir às ruas das cidades do meu país...
Para protestar gritando...em alto e bom som,
Juntamente com a multidão...revoltada,
A nossa justa indignação...contra a corrupção,
Então, provavelmente, eu devo ter, também,
A consciência de que cabe tão-somente a mim
Escolher políticos honestos e competentes...
Para me representar nos Três Poderes
Da República... Pois, não?!
-Eis ai, portanto, três excelentes ferramentas
Para assustarmos astutos políticos...
Para espantarmos potícos corruptos...enfim.
-Então, nada de votarmos em políticos,
Sem escrúpulos, em políticos descompromissados
Com os justos anseios do povo,
Nada de votarmos em políticos...safados,
Que só almejam surrupiar...o erário público,
Em detrimento dos interesses
Da sofrida população...

-Viva a democracia...
Viva a liberdade de expressão!

-Entretanto... Nunca me deixo levar
Pela euforia do momento,
Porque há que se saber lidar ou se precaver, Cautelosamente, de uma perigosa ameaça feroz:
- A DIREITALIZALÃO!!!  Ou seja:
- Dispor-se a retroceder e a ficar
À mercê do ganancioso poder econômico,
(Ah, essa não!)
- Sujeitar-se, novamente, aos desmandos
Do autoritarismo totalitário...
(Ah, essa não!)
- Oh, livra-nos desse mal, Senhor!  Amém!

-Viva a democracia...
Viva a liberdade de expressão!  

-Ah! Quero também esclarecer:
  (Como professor de História que fui,
Ora, pois, pois!)
- A corrupção não surgiu nem aumentou
Só agora, não!
Ela, a corrupção, desde há muito, séc XVI, sempre esteve ativa e bem escondida lá nos bastidores fétidos do poder.  Mas, hoje em dia, mesmo a contra gosto da corja de corruptos e corruptores de toda espécie, ela, a corrupção, está sendo forçada a mostrar à nação inteira,
sua safada cara suja.
Mas só a tem mostrado, porque tem sido forçada, mesmo.  Forçada, sobretudo, por nós que temos protestado pelas ruas, e, por certa parte da mídia – evidentemente que nem a Poderosa, nem aquel’ outras que todos sabem - que esbraveja, publica e cobra postura das autoridades constituídas... Senão, ela, a corrupção, persistiria  
como ainda insiste em permanecer oculta lá nos escombros dos bastidores da exploração das misérias humanas... Aonde ainda hoje agem, sorrateiramente, aos bandos,
Na calada da noite escura em breu...

-Viva a democracia...
Viva liberdade de expressão!

-Entretanto, não há que se negar que, aqui e acolá,
sempre ocorre, sim, algum certo surto de progresso.
Porém a sua publicização é muito maior que a realidade 
Já que, tão-somente, pouquíssimos, dele, se beneficiam.
Contudo, os políticos safados se utilizam muitíssimo da intensa propaganda do tal progresso, só pra besuntar os olhos desatentos do eleitor desenformado.
- E enquanto isso lá pelos bastidores do poder político, famintos de lucro fácil, os detentores do poder econômico fazem mil e uma falcatruas na calada da noite.
E NÃO D’OUTRA FORMA, juntamente com estes, também, alguns políticos sugam tudo o que podem das sagradas tetas de qualquer inconsequente governo, seja de que partido político for que esteja a dirigir o nosso país, como se tem observado desde a sua invasão pelos portugueses, em todos os âmbitos de quaisquer poderes, enfim...   

-Ora! São, a meu ver, esse maldito vício da corrupção e a ambição de mando, os verdadeiros causadores e responsáveis dessa enorme calamidade pública em que, nós brasileiros, nos entramos nesse nosso histórico então :

- Saúde Pública? Uma vergonha, um caos, um genocídio...

-Educação Pública? Está manipulada por pedagogos economistas...

-Segurança Pública? Ah! Essa é coisa miúda demais da conta pra atender as necessidades tantas...

-Déficit Previdenciário? Não é a LOA a sua causa...
 vez que essa, é benesse do Tesouro Nacional,
 e não do INSS!

-Choque de Gestão? HA... HA... HA...!
- Só acontece na merenda escolar,
  nos salários dos servidores da saúde,
  da educação e da segurança pública...etc

-Viva a democracia...
Viva a liberdade de expressão!

-Mas olha só ai nas ruas:
O povão brasileiro a protestar...
(Que beleza!)
O povão brasileiro que os políticos:
- Pensavam estar desinformado,
- Pensavam que não queria nem saber de nada,
- Pensavam que não estava nem ai pra nada,
- Pensavam que ele, o povão,
só se preocupava com o “circo”
 que lhes é ofertado pelos poderosos...
- Pensavam que, ele, povão,
nem se preocupava tampouco
com o “Pão Nosso” de cada dia:
Transporte, Educação, Saúde, Segurança...

- Mas, em que pese a desinformação dos...velhacos, Políticos...safadíssimos,
Olha só o povão aí nas ruas das cidades...gente!
Vejam, então, que eu e o povão estamos atentos, 
Portanto, não queiram nos atordoar,
Porque somos cidadãos brasileiros,
E amamos esta pátria mãe gentil
Que...contente, Sorrindo, nos pariu!

Viva a democracia...
Viva a liberdade de expressão!

-Pois é!... Como se pode ver...
Após tão longa explanação,
Em que pese ser eu
Um poetinha passarinheiro...
Um poetinha...a mente em nuvens,
Ou talvez, mesmo,
Um poetinha sonhador,
  (Visionário, até!)
Mas, estou sempre atento...à POLÍTICA!
Então, como ser um “idiotes”? Ah, essa não!
Isto é uma falácia sem tamanho!
Porque estou sempre atento...a tudo!
Portanto, isto posto, não há que se tripudiar
Sobre o encantamento que permeia
A inspiração desse  poetinha...brejeiro, Pô!

-Mas viva a democracia...
Viva a liberdade de expressão!

  
Montes Claros (MG), 22/08/2016
RELMendes                

             

sábado, 27 de agosto de 2016

E NÃO SER TRANSPARENTE, POR QUÊ?!

-Pra falar a verdade... verdadeira,
( Ui, que redundância!)
Por causa de meus pífios conhecimentos
( Pífios?... Ui, que palavrão!)
Eu não sei quase nada, nem de mim,
(Poetinha tão singularmente abusado),
Nem de passarinhos...
(Tão graciosamente, serelepes!),
Nem de pessoinhas...
- Ora tão graciosas,
- Ora tão metidas à besta,
Nem tampouco da vida,
Haja vista que ela...a vida, é uma matulinha
De surpreendentes momentos...

-Porquanto tudo isto, é que...na verdade,
Penso que todos nós:
- Eu, o poetinha ingênuo; - os passarinhos
Serelepes e as pessoinhas...melindrosas,
Talvez sejamos, apenas, uns corajosos
E habilidosíssimos,
Malabares dos senões que nos impõem os
surpreendentes “ Quid pro quo´s” da vida.
Ah! E esses tais ai, sempre nos espantam!
E tenho o dito!

Montes Claros- MG, 09-06-2015

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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O Silêncio Falante...

Fascina-me e fascina-me

Porque apascenta os tantos eu,s de mim



-Ah, o Silêncio falante...
Fascina-me!
Porque ele sempre apascenta
Os tantos eu,s de mim...
Que...em mim, tão bem
Escondem-se...
-Portanto...indubitavelmente,
É fato que sempre que desejo
Falar comigo mesmo ou com Deus...  
Tão-somente,
(Ainda que por um tempinho que seja )
Nunca abro mão de me valer
Desse tal Silêncio tão falante...

-E...ao submergir-me em seus mistérios,
(Que nunca hesitam em permear-me...
Por inteiro!)
Ele...o tal silêncio falante,
Em total sigilo...
Enquanto, silencia-me...a contento,
Acintosamente defronta-me:
- Tanto...com uma longa procissão
De meus eu,s...em breus,
 -Oh! Quão grande constrangimento,
 Por apenas só alguns instantes!
- Quanto, também...com uma imensa
Fila indiana de meus eu,s...em luzes,
 -Oh! Quão grande contentamento,
 Pois quase perene... Ora!

-Por fim... Se os meus eu,s...em breus,
São apenas espinhos de caquitos
A ferir-me a alma gentil...
Não há em mim nada
Por que nutri-los, enfim!

-Quanto aos meus eu,s...em luzes,
Se me dão rumo à vida
E aos céus de nós viventes...tão esperados,
Ara! Que sejam sempre muito bem-vindos!
Ufa! Haja coração silente
Pra ouvir esse Silêncio tão falante... Ora!

Montes Claros- MG 15-07-2015
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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Faíscas de saudade


-Abrasado de saudades...
Sorrateiro... Abeirei-me
Daquela estação...lá no pretérito,
Só para envisgar-me
Em caras lembranças d’outrora,
Que teimosas...ainda hoje,
Acalentam... sobremaneira,
Meu compassado caminhar incerto.

-Ah, o trem da minha juventude!...
Ele se deslocava...vagaroso,
  ( Preguiçosamente!)
Chacoalhando...chacoalhando,
Trazendo ou levando, levando e trazendo
Alegria saudades esperanças, dores até...   
Mas sempre tentando chegar a algum lugar.

E porquanto, ainda hoje...aos solavancos,
Ele expele abusadas faíscas de saudade...
Que vez por outra penetram pelas janelas
Do vagão de minh’alma saudosa,
E sempre chegam lá...no imo de mim,
Aonde se escondem as recordações
Que não as pretendo revelar... Jamais!


Montes Claros (MG), 0 4-12-2011
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Por aqui dá pra acabar de chegar... ora!


-Chegar aonde criatura?
Aonde quer que se queira... ara!

-Chegar onde se esconde a essência
De mim mesmo... Ora:

- À mesa aonde se partilha
O pão nosso de cada dia...
Quentinho quentinho...

- Á porta do amigo aonde se aninha
A amizade verdadeira...

- Aos braços da mulher amada
Aonde me aconchego a cada dia...
- À varandinha de minha vivenda florida
De ipês coloridos e açucenas azuis
D`onde contemplo os arrebóis
Dos alvoreceres da vida...

- À beira de um corregozinho qualquer
Aonde se possa abluçionar-se...por inteiro,

- À pracinha de uma igrejinha qualquer
Aonde...sob o clarão do luar,
Se possa passear...de mãos dadas,
Com todas as nossas lembranças enfim...

 -Oh! Quão incontáveis são os aonde,s
 A se chegar ,então, quando se tem
 Uma alma gentil de poetinha apaixonado
 Por essa vida gostosamente vidinha... ara!

Montes Claros- MG 24-07-2015
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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Uma humana referência da ternura de Deus A se derramar totalmente por este Sertão afora

  Pe. Henrique Munaiz Puig CJ


-Este, todo o Sertão... O ama!
Este, todo o Sertão... O conhece!
Portanto, falar de Pe. Henrique: 
- É falar de uma vocação abençoada...
  Porquanto é santa e fecunda!
- É falar de um chamado especialíssimo...
  Porquanto é feito em prol desse Sertão que sofre!
- É falar de uma convocação oportuna...
  Porquanto é feita à mãos que ajudam!
- É falar de uma criatura profundamente humana...
  A quem o “Criador” e, todos nós amamos...
  Sem economias!...

-Então vamos falar desse “homem de Deus”
(Por quem nutro uma admiração profunda)  
Com muita imaginação poética
E com bastante carinho filial... Ora!

-Em um certo dia qualquer...
De bem antigamente,
Em sendo...sorrateiramente,
Pelo “Amor ”...seduzido,
E obviamente, também, escolhido
Para ama-lO...incondicionalmente,
E para todo o sempre...servi-lO:
- Um certo jovenzinho...espanhol da Galícia,
A pés em chão de pronto...de todo o coração,
Aderiu ledo a esse “Divino Apelo”...

-E sem perder tempo algum, então,  
Ele, imediatamente, se pós
A percorrer confiante o caminho
Que o capacitaria a ser do “Altíssimo”...
Um servidor exímio...

-E em assim sendo, a Seu tempo
“Deus” foi tecendo...pouco a pouco,
Cuidadosamente...
O missionário jesuíta
Que “Ele” sonhou
Que o Pe. Henrique fosse...
Aqui pelas bandas
Desse distante Sertão robusto...

-E embora, hoje em dia, mesmo sendo  
Um sábio padre ancião...
Com um simples aceno de mão,
Ele ainda prossegue a espargir
A envolvente ternura de “Deus”...
Que, dele, abundantemente exala...
Sem avareza alguma...
Por onde quer que ele passe...caminhando,
Rumo ao Carmelo Maria Mãe da Igreja...
Aonde exerce suas funções pastorais
De bondoso e fiel capelão...

-E tal qual ele o fazia...outrora,
Em sua juventude já distante...  
Por todo o percurso do seu dia a dia intenso,
A todos ele vai cumprimentando
Pelo caminho, sem restrição alguma:
-Aos sem eira nem beira...
 Ele os trata como filhos amados
 Vez que são o Cristo que sofre
 A peregrinar por esse mundaréu
 De meu Deus afora...
-Aos abastados pela riqueza...
 Ele os acolhe como irmãos queridos
 Vez que formam consigo...  
 O grande cortejo da imensa procissão
 Dos que também são filhos amados 
 Do “Divino Pai Eterno” etc etc

-Ah! Este é o Pe. Henrique...
O jesuíta missionário sertanejo,
Que Deus sonhou que ele fosse
Pra evangelizar essas plagas distantes
Desse Sertão agreste...ara!   

-Por fim, pra concluir essa singela louvação
A esse santo “homem de Deus”...
É bom também se trazer à baila...
Alguns outros preciosíssimos detalhes
Da iluminada vida de Pe. Henrique,
Que a meus olhos de sertanejo católico
São sobremaneira importantes...  
Então, vamos lá:
- Ele declaradamente expressa  
  Sua grande predileção
  Pela Santíssima Virgem Maria...
  A Mãe do Verbo encarnado de Deus,
  A quem ama de todo coração...

- Ele é um cristão todo Jesuíta
  Vez que, em religião, é filho de Sto Inácio de Loyola
  E é, talvez, daí, donde, certamente, lhe venha
  O seu grande zelo e imenso amor
  À Santa Igreja Católica, enfim...

-Pe. Henrique é, verdadeiramente, um catrumano...
  Porque abriu trilhas e mais trilhas
  Pra evangelizar todo esse amado Sertão
  De meu Deus querido...

-Ah! Não há como se negar, também:
- Ele é...verdadeiramente,
Um dos tantos tesouros
Da Santa Igreja Católica...
Bem escondidinho...
Cá pelas bandas
Desse nosso Sertão robusto
De meu Deus querido...
Pra matutamente nos conduzir...
Sem pestanejar sequer,
Lá pra donde Deus fez
Sua morada santa... Amém!

(Mt 4,18-22)

Montes Claros (MG), 13-08-2015
Romildo Ernesto de Leitão Mendes


                     

domingo, 21 de agosto de 2016

Quem será a inesquecível garota de Sacramento?



-Quem/ por acaso/ imaginou/
Que eu nunca amei alguém
- Lá no meu distante/ pretérito -
Enganou-se/ profundamente!

- Ainda ontem/ mesmo/ deliberadamente/
Resolvi passear por lá/ no meu pretérito/
E qual não fora a minha imensa /surpresa/
Ao deparar-me com a fascinante silueta
Da bela e/inesquecível/ menina-moça/
- da amada cidade de Sacramento (MG) –
Que/ lá na minha adolescência/ hoje distante /
Fora o meu primeiro amor/ verdadeiro!

- Talvez/ah/ esse amor fora /apenas/
Um belo idílio infantil/ a desabrochar/ inesperadamente/
- Ou quem sabe um lindo devaneio/ de criança/
 A florir / repentinamente/ Quem sabe?
- Ou/quiçá/ ainda/tenha sido/ tão-somente/
Um intenso amor pueril/ a fluir /discreto/
Vez que /quase tão-somente/ platônico/coisa da época/
- Ou talvez tenha sido apenas/simplesmente/
Um sagrado segredo de um rapaz-menino/ amorosíssimo/
Que/ lá em Sacramento (MG) vivenciou/prazeirosamente/
Quando ainda/ na distante infância/ já em partida!

-Mas quem será essa inesquecível garota de Sacramento (MG)?

-Ah! Isto eu não lhes direi/ jamais!Nem hoje/ nem nunca!
Pois é um segredo guardado/ a sete chaves!
Só nós três (eu/ ela e seu acordeon)
É que sabemos: - Quem ela é/ - Qual o seu nome/
- Qual o endereço de sua residência/ etc & tal!
E porquanto/ tamanho seja/ esse nosso segredo/
Tenho cá comigo que: - Nem eu/ -Nem seu acordeon/
 -Nem/ tampouco/ ela/ desejamos revelar-lhes
Tão terno segredo!

-Ora! Para mim/e para os seus/ ela era quase um bibelô/
Mas um bibelô ofegante/ de amores/ por mim/
Só não o via quem/ de invejas/ tantas/
Esgueirava/ligeiro/seus curiosos olhares/invejosos/
E / porquanto/ tamanha formosura/ ela/ a inesquecível garota/
- da amada cidade de Sacramento (MG) –
Era muito bem resguarda por três cuidadosas e espertas/ aias/
-  Da Vestina/ etc & tal –
A nos espiar/ sorrateiras e desconfiadas/à beça!
Portanto/ dificilmente/ trocávamos carícias/ mais intensa
Vez que as benditas/ aias-tias/ não me davam trela alguma/
Para que eu pudesse surrupiar/ a meu bel prazer/
- Daquele precioso/ ainda projeto/ de belíssima futura mulher –
Alguns abraços/ acochados/ e muitos beijos/ apaixonados!

- Mas/ sem pundonores algum/ confesso-lhes:
- Eu / diante dela/perdia-me/totalmente/
Em olhares/ suplicantes/ aos montes/
Em suspiros/ofegantes/ à beça/
E em delírios/ libidinosos/ aos borbotões/
Que/ por aqui/ nem ouso pensar em lhes contar/
Por nada desse mundo/ Jamais!
Todavia/ não obstante tão grande /encantamento/
- Cá entre nós/ paixão avassaladora/ mesmo! –
Hoje em dia/ nem eu/nem ela/ nem o acordeon /sabemos
O que foi feito de nós! Que pena! Que pena!

-Entretanto/ enquanto por aqui eu estiver/
Afirmo-lhes/ sem hesitar/ que não pretendo jamais/
Esquecer-me: - Nem dela/ nem de seu acordeon/
Nem/ tampouco/ da bela Sacramento/ d’outrora/
Que/ ainda hoje/ tantas saudades me traz!

RELMendes – 26/01/ 2012