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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Travessia inevitável


-Enquanto á vida convém
Caminhemos juntinhos.
Ou ao menos parelhados.
(“Porque a vida não para. Não para!”)
Sem balbuciar bestagens!
Nem tampouco sequer
Balburdiar aos montes
Quer de euforia ou ais tristonhos
Vez que muito acabrunham-nos
A alma peregrina ávida
De ir em frente.
Sempre em frente.

-Enquanto á vida convém
Caminhemos juntinhos.
Ou ao menos parelhados.
(“Porque a vida não para. Não para!”)
Cantarolando quiçá  cantigas de ninar
(Uns para os outros e tantos outros)
Sem nunca procrastinar jamais
Os sonhos de viver plenamente
A quem conosco sempre palmilha
(Todos os dias ou vez por outra)
Pelas trilhas de nossas andanças...
Antes que a “indesejável das gentes”
Sorrateiramente nos atravesse
Pro outro lado desconhecido da vida...
Onde todos nós inevitavelmente um dia
(Após a inevitável travessia derradeira)
 Iremos pra sempre lá morar!

RELMendes – 31/12/2018


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