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quarta-feira, 15 de junho de 2016

O PRELÚDIO DA FINITUDE


-Ah, essa “indesejável das gentes” –  a morte!...
Será mesmo... que se há que temê-la tanto?
Ora!... Se tanto ela, a desconhecida morte,
Quanto ess’outra...a iluminada vida,
Talvez nada mais sejam que, apenas,
Breves ou longos momentos...
De uma única e mesma vida,
A serem vividos intensamente...
Então, por que temê-la tanto hein?
        
      -Ou talvez, quem sabe não sejam, elas,
A vida luminosa e a morte desconhecida...
Nada mais que...tão-somente,
Uma, o visível anverso da outra...
Que, por enquanto, ainda só nos é...
Apenas o obscuro reverso
Da mesma moeda-vida iluminada
Então, por que temer tanto a morte hein ?..

-Ou talvez ainda, quem sabe se uma...
 – a vida  iluminada - 
Não seja apenas o agora,
E que a outra...
– a morte desconhecida –
Não seja senão, tão-somente, o não ainda,
Dessa mesma vida aqui...
Que ainda está por vir...
E certamente virá...
Tão logo nos desencasulemos,
E se assim for, pra quê tanto pavor...
E tamanho assombramento?”
                    
Montes Claros (MG) 2014, RELMendes 

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