-Ah, essa “indesejável
das gentes” – a morte!...
Será mesmo... que se há
que temê-la tanto?
Ora!... Se tanto ela, a
desconhecida morte,
Quanto ess’outra...a
iluminada vida,
Talvez nada mais sejam
que, apenas,
Breves ou longos
momentos...
De uma única e mesma
vida,
A serem vividos
intensamente...
Então, por que temê-la
tanto hein?
-Ou talvez, quem sabe não sejam, elas,
A vida luminosa e a
morte desconhecida...
Nada mais que...tão-somente,
Uma, o visível anverso
da outra...
Que, por enquanto,
ainda só nos é...
Apenas o obscuro
reverso
Da mesma moeda-vida
iluminada
Então, por que temer
tanto a morte hein ?..
-Ou talvez ainda, quem
sabe se uma...
– a vida
iluminada -
Não seja apenas o
agora,
E que a outra...
– a morte desconhecida
–
Não seja senão,
tão-somente, o não ainda,
Dessa mesma vida
aqui...
Que ainda está por
vir...
E certamente virá...
Tão logo nos
desencasulemos,
E se assim for, pra quê
tanto pavor...
E tamanho
assombramento?”
Montes Claros (MG) 2014, RELMendes
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