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terça-feira, 4 de junho de 2019

Sem papas na língua



-Estou longínquo ou, quiçá,longevo?
Sim, longevo, certamente! Na varanda da vida.
Repleto de nada, ou coisa alguma!
Pois, com raras exceções, alguém auscuta
Ou se apercebe das agruras de um antigo.
Somos para alguns, qual tralhas amontoadas
No caritó das patacoadas  malqueridas.

-Se estou longevo ou, quiçá, velho mesmo...
Não posso ser eu apenas uma saudade, no presente,
Nem tampouco, no futuro, prolixo e insondável?
Ou resta-me apenas ser eu uma saudade imensa
Da juventude vez que nela eu sonhava alhures...
E perambulava sem bengalas, de quaisquer tipos,
Em busca de sonhos ou, quiçá, até de utopias,
Desde que fossem, tão somente, minhas?
Mas, tão somente, só minhas... Quão o é o ar que respiro!
Mas tão, unicamente, só minhas, que somente eu possa
Partilha-las, as útopias, com outros alguéns  que, por ventura...
Se dispuserem a se utopizar comigo por ai, ao léu!

RELMendes – 29/05/2019




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