A Igor Xavier
o menino de sua mãe
-O bailarino
do sertão
No bailar do
dia a dia de sua vida
Ainda em flor
a desabrochar 
Em sonhos e
mais sonhos
Era um garboso
jovem dançarino
Mas um carcará
valente 
Ao tecer ávido
Seu ninho de esperança
Em um porvir
venturoso
-Entretanto...ao
bailar, 
Em um tablado ou
palco
Onde talentosamente
exercia
Seu sublime ofício
de dançar 
Era tal qual uma
garça branca
De nossas
belas veredas
A esvoejar elegante
e esplendorosa
Em cadência
compassada e graciosa
Quer a pés em
chão 
Quer a pés em
ar
-Nessas suas
sublimes performances
Ele o
bailarino do sertão
Sempre
encantara a todos
Que o viam
bailar e bailar 
Posto que bordava
gestos 
Leves ternos encantadores    
De uma
inenarrável beleza
Pra se ver
embevecidos 
Pra se admirar
extasiados  
Pra se
contemplar
Boquiabertos enfim
-No entanto...em
um dia qualquer,  
Abruptamente
Sem pena nem
dó 
Ceifaram-lhe a
vida 
Ainda em flor
a desabrochar 
E aquietaram-lhe
a arte buliçosa
Do bailar e
bailar 
Tal qual uma garça
branca 
Das veredas
desse sertão
E por conta
dessa crueldade
Até hoje em
dia...
Choramos de
saudade
Clamamos por
justiça 
E esse nosso
sertão sofrido
Lamenta profundamente
a ausência
De sua garça
branca bailarina 
Que se fez
estrela 
Pra enfeitar o
firmamento        
Montes Claros(MG),
16-08-2013
RELMendes 

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