Fascina-me e fascina-me
Porque apascenta os tantos eu,s de mim
-Ah, o Silêncio falante...
Fascina-me!
Porque ele sempre apascenta
Os tantos eu,s de mim...
Que...em mim, tão bem
Escondem-se...
-Portanto...indubitavelmente,
É fato que sempre que desejo
Falar comigo mesmo ou com Deus...
Tão-somente,
(Ainda que por um tempinho que seja )
Nunca abro mão de me valer
Desse tal Silêncio tão falante...
-E...ao submergir-me em seus mistérios,
(Que nunca hesitam em permear-me...
Por inteiro!)
Ele...o tal silêncio falante,
Em total sigilo...
Enquanto, silencia-me...a contento,
Acintosamente defronta-me:
- Tanto...com uma longa procissão
De meus eu,s...em breus,
-Oh! Quão grande
constrangimento,
Por apenas só alguns
instantes!
- Quanto, também...com uma imensa
Fila indiana de meus eu,s...em luzes,
-Oh! Quão grande
contentamento,
Pois quase perene... Ora!
-Por fim... Se os meus eu,s...em breus,
São apenas espinhos de caquitos
A ferir-me a alma gentil...
Não há em mim nada
Por que nutri-los, enfim!
-Quanto aos meus eu,s...em luzes,
Se me dão rumo à vida
E aos céus de nós viventes...tão esperados,
Ara! Que sejam sempre muito bem-vindos!
Ufa! Haja coração silente
Pra ouvir esse Silêncio tão falante... Ora!
Montes Claros- MG 15-07-2015
RELMendes
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