(desabrocharam no asfalto do meu vadio peito!)
-Desvestido de
inspiração alguma
Tentei aplacar
a ira
Da silenciosa
musa.
Abri a janela
de minha varanda,
E pus-me a contemplar...
A belezura de
um ipê lilás,
(Que daqui...bem
se pode
vislumbrá-lo...
Extasiado!)
Só para
instigar a musa
De alguma maneira.
-Então, logo
prorrompi...
Em ternas
lembranças
Que...ao
fluírem borbulhantes
Como um rio
caudaloso,
Fizeram-me resvalar...
Por
recordações sem fim:
-A decida
íngreme da rua Caiubi,
-A porta
fechada...que durante anos abri,
-O apartamento
aconchegante,
Onde por anos
vivi...
Revestido de
flores silvestres,
E orvalhado
pelo frescor
Do Araguaia
distante...
-Flores...mulheres
boníssimas,
Presentes em
meu caminho,
Que sempre...ao
amanhecer,
Douravam-se de
ternura...e gentileza
Para acalentar-me
os irrequietos dias...
-Flores...mulheres
generosíssimas,
Presentes em
meu caminho,
Que...sempre ao
anoitecer,
Sob o clarão
do luar,
Permitiam-se...a
si mesmas,
Pratearem-se
de alegria...
Só prá alumiar-me
os rastros...
De meus desvairados
sonhos,
-Flores...mulheres
amorosíssimas,
Presentes em
meu caminho,
Que...ainda
hoje e quiçá sempre,
Irão perfumar-me
os dias...
De saudades muitas...
-Ah! Minhas amadas
mulheres flores silvestres
Do Araguaia
distante... Quanta beleza!...
Quanta saudade
escondida!...
Montes Claros,
04-07-2010
RELMendes
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