(sempre pintei
para os meus alunos
 novos horizontes...)
Nunca
despertei    
Alunos ou alunas
Senão para a
vida...ora!
Apesar de n´s
controvérsias 
Próprias do
delicado oficio
Nós não
estávamos nem ai 
Pois a
procissão da vida
Tem de
continuar
Quer se queira
ou não
E o tempo não
espera ninguém
Que cochila no
caminho.
-Portanto
juntos  
Quer só em
sonhos 
Quer
tão-somente 
Em pesquisas
bibliográficas 
Transpúnhamos
as montanhas
Das terras do saboroso
pequi
E chegávamos alhures
Quiçá até lá
pelas bandas
Das terras
frias do Sul
Em busca de
novos horizontes
Nunca dantes...até
então, 
Por nós
navegados.   
Nunca
despertei
Alunos ou
alunas
Senão para a
vida...ora!
Entretanto
frequentemente 
Alçávamos voos
inenarráveis  
Para muito
além do melancólico 
Mais do mesmo
em que vivíamos 
Por essas
bandas de cá
Desse amado
“Sertão”. 
E por quanta ousadia
à época 
Os nossos voos
eram  
Ora serenos
tranquilos 
Ora turbulentos    ...
Vez que eram frutos
de debates
Abertos
francos e intensos 
O que nos
permitia apreender 
Que nem todo o
não nos nega
Que nem tudo o
que se almeja         
Se obtém no
momento exato 
Em que se
deseja enfim 
Todavia tentar
também 
Não custa nada...
Pois não?!   
Nunca
despertei 
Alunos ou alunas
Senão para a
vida...ora!
Entretanto
ainda hoje
Com eles e
elas...no coração,
Porquanto fora
professor
Sempre
ressurjo 
Entre eles
Inesperadamente
Muito mais
livre
Muito mais
independente... 
Muito mais
feliz... 
E muito mais
senhor
Do meu destino
enfim.
Então que se
dane o mundo
Porque não me
chamo Raimundo
Mas que não se
dane o resto
Porque me
chamo Ernesto!
 Nunca despertei
Alunos ou
alunas
Senão para a
vida... Ufa!
Mas que valeu
a pena...
Ora, se valeu!...
Montes Claros (MG),
15-10-2015
RELMendes

Nenhum comentário:
Postar um comentário