À
minha filha Tatiana
-Ah/
degustei n’alma muitas quimeras!
Mas
quase todas/oh/eram apenas
Um
punhado de utopias/irrealizáveis/
E
nada mais/ enfim!
-Mas
ela/ minha Quimera-menina/
Era
um grãozinho de Esperança
A
decorar/ todo dia/ de alegria/
O
jardim de minh’alma sempre feliz/
Desde
seu desabrochar/em minha vida/
Toda
sorrisos... Vivacidade/
E
plena de matreirice/ jocosa!
-Seus
olhos/ah/ seus olhos eram/
E
ainda o são/pura alegria a valsar/
E
de discutível inocência/também!
Mas
eles/ seus olhos/brilhavam/ brilhavam/ à beça!
Ou
melhor: - Cintilavam/ Lampejavam/sem cessar/
Como
se fora estrelas cadentes a rasgar os céus/
Brincando
de pirilampos/ em noite de luar!
-Ah/
minha Quimera-menina não era /tão-somente/
Um
simples fruto de minha fértil imaginação não!
Ela/
minha Quimera-menina/é/ foi/e sempre será/
Uma
pessoa linda/ valente/ e/totalmente/destemida/
Pois
desde muito pituchinha se impõe /altaneira/
Como
quem sabe que é gente capaz de escolher
Seus
próprios quereres!
-E/por
isso mesmo/ ainda hoje/ela/
Minha
Quimera-menina/ alumia-me a alma
E
o meu peito/ assaz/ lembrador/
Que
muito plangem/ de saudades dela!
-Para
mim/ela/minha Quimera-menina/ muito amada/
Era/
é/e sempre será/ a própria face/lampejante/
De
um futuro/assaz/ promissor/por demais/
-
nem sempre pude acompanhar /o passo a passo/
De
seu encantador acontecer/ em plenitude -
Pois
sua inteligência/assaz curiosa e sagaz/
Desde
bem cedo se deu a perceber...a olhos vistos/
Sem/
contudo/ se fazer de arrogada... Jamais!
-Hoje/
porém/ minha Quimera-menina/tão amada/
Após
desabrochar-se /em Quimera-moça/bonita/
Fez-se
uma bela e batalhadora mulher-mãe/amorosa/
De
dois bons e belos jovens/ estudiosos/
Para
o deleite de todos nós que a amamos/
Demais
da conta sô!
RELMendes 30/03/2017