(Dom Joaquim de Arruda
Zamith OSB) -
(1924 - 2014)
-Cantar em versos, quer em poema ou crônica,
lembranças vivas de uma
boa e santa amizade
Como a de D. Joaquim, tesouro
divino com o qual
o “Senhor”...surpreendentemente,
um dia, me agraciou
por mais de meio século de
minha existência...
para me alumiar o percurso
da travessia dessa vida
rumo à casa do “Pai”...é
desnudar pelo mundo afora
a imensa gratidão sentida pela
vida desse bom
e santo amigo, que não pretendo esquecer jamais,
nem bem devagarinho...
-Ah! Verdadeiramente... a
voz dessa mesma gratidão
impele-me a dizer, no
momento, que além da luz
que esplendia abundantemente
da “Sabedoria”
de seus generosos conselhos,
quando pedidos,
outros tantos dons e
carisma enfeitavam, também,
a alma gentil desse santo
homem de Deus:
- Nesse bom e santo amigo...não
havia dolo algum,
nem nada de humanos
desvarios, tampouco,
vez que estes desconhecem
o reto caminho;
- ele era o bom e santo
amigo de muitos amigos;
- ele sempre transbordava
de santa alegria...
quer estando triste ou
contente;
- ele era singularmente
pródigo...
na caridosa arte do
acolhimento;
- ele...no silêncio de sua
cela,
sempre partilhava com Deus
a dor do amigo sofrido,
que, por algum motivo, perdera
os melódicos
acordes da vida...
-Habilidossísimo... o bom D. Joaquim
sempre dava cadência serena
aos aborrecimentos do
cotidiano
porquanto...cuidadosamente,
os dissipava sempre
com sua santa paciência que desde jovem a burilava,
no dia a dia de sua vida monástica...
-Esse santo intelectual amigo...
em sua amada cela monástica,
ao longo do tempo de sua fértil
vida religiosa...
habilidosamente ia colhendo,
em fartas porções,
através da escuta da obediência
e da oração persistentes
os
sabios ensinamentos da Santa Regra de Bento.
-La no “Mosteiro de São
Bento” de São Paulo,
o justo Joaquim exercera,
dentre tantas funções,
o oficio de abade...
(que é ser de todos...o
maior servidor,
na comunidade pastoreada...)
e ao se tornar abade
emérito, o sábio ancião peregrino
Prosseguiu generosamente a
cultivar as amizades
que amealhara durante o longo
e fecundo
trajeto de sua vida tão
espiritualmente fértil...
-À sombra dessa abençoada
amizade...
que carinhosamente chamo de
relva de ternura,
eu e tantos outros filhos
espirituais, dele,
encontramos a referência
segura
para permanecermos firmes...ainda
hoje,
no tão decantado e reto
caminho
do “Amor Divino”
que...certamente,
nos conduzirá à casa do
“Pai” !
-Até breve...meu santo e
iluminado... Amigo!
(Mt 5,14-16)
Montes Claros (MG), 17-05-2015
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